segunda-feira, janeiro 26, 2009

Mama put my guns in the ground...I can't shoot them anymore


Olho para trás, olho para a frente…vou olhando. Olho para a imagem do rapaz que fui, do jovem que fui…do homem que sou, fui tanta coisa.
Fui mudando, a olhos vistos… Prometi coisas e não cumpri, trapaceei, arruinei, destruí e matei, matei de várias maneiras, com várias armas. Não me falta orgulho, é estranho…
Olho para quem tenho, para quem tive…no ponto da situação não me parece que possa ter melhor, não quero…tive tudo, tenho tudo…espero continuar a ter tudo.
Morreram-me nos braços, fui a eutanásia, fui a cura, fui o ombro e fui a mão…fui sendo. Sou.
Fui eutanásia num momento em que a eutanásia é ilegal, fui aprovando mortes e não sou juiz, julguei sem ter o direito.
Estou em crescimento, estou em mudança…os ideais estão cá, não concretizados.
Não serei um capítulo na história, talvez seja uma frase, um anexo…um letra a itálico, nunca a bold. Vou sendo eu, de várias formas.
Gostei de quem gostei. Gostou de mim quem gostou. Gosto, vou gostando…e defendo…
Sou eu, o homem que nunca julguei vir a ser. Sou eu…e sou teu, não quero ser a tua eutanásia…