quinta-feira, janeiro 04, 2007

“Os meus olhos viram o que jamais olhos humanos deveriam poder ver…”

Vi sangue, mortes e cinismos. Vi o emergir e o submergir, quase simultâneo, de uma sociedade degradada. Vi acções sem sentido, cumpri ordens sem olhar para o lado…vi erras e errei e errei, continua e exaustivamente.
Vi sorrisos sobre escombros de orfanatos e escolas, hospitais de campanha a abarrotar, capacetes debaixo do braço, boina na cabeça dos “ pequenos” e o olhar a pairar sobre o que não vemos.
Observei castelos a ser construídos e ouvi o som da onda a aproximar-se. Vi isso e muito mais…vimos e ouvimos calados.
De um lado os gritos do outro as mórbidas gargalhadas, Alás e Cristos armados, com o olhar a inundar de raiva e sede de vingança.
Vi os filhos dos seguidores nas ruas, sem um Deus que os protege-se, sem nada de bom a esperar…Variadas vezes ouvi os passos dos mestres religiosos a espezinhar famílias e a trespassar corpos à muito sem fé…Fugindo e mandando lutar… saltando as barreiras que tinham criado sem olhar para trás, deixando o rasto religioso do sangue a…inundar os castelos….

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