sábado, setembro 09, 2006

A Pequena Maravilha…

De algo não planeado, imprevisível e pouco acertado nasceu a mais perfeita criança…
Marcus, o imperador, tem vinte meses e neste momento está entretido com os meus cabelos…
Ser pai foi a experiência mais gratificante de toda a minha vida, quem já passou por ela conhece a sensação…
Aquele arrepio no abdómen quando nos colocam o pequeno embrulho nos braços, a alegria de ver que tem tudo no sitio, a necessidade de contar todos os dedinhos, ver se tem nariz e orelhinhas… No dia em que fui pai devo ter amadurecido uns dez anos, a responsabilidade de tratar daquele pedaço de nós, de lhe dar tudo, o que precisa e o que não precisa, de o educar, de o apoiar, de ser um pai, o melhor, não falhar.
Antes de conhecer essas sensações achava impossível sentir um amor imediato por um filho, uma criança com minutos de vida, ainda coberto pelos fluidos, que não fala nem sorri… tudo mudou quando lhe peguei, aí percebi que era capaz de morrer ali, não iria haver dia mais feliz, mas tinha de viver para o proteger, para o amar…

Parabéns!

Parabéns Sylwia! Que tenhas um resto de dia feliz

beijos

sexta-feira, setembro 08, 2006

“Ser Oficial é ter disponibilidade total para servir a Nação”


Nesta mesma época, mas 10 anos atrás estava eu ansioso por ingressar na Academia… Andava a fazer poses com a nova farda em frente do espelho, ainda hoje me admiro como não se partiu ou mo tiraram da frente.
Ainda me lembro da minha entrevista, acho que nunca tremi tanto na minha vida… O comandante olhou para mim como a dizer: “ Mais um “chavalo” para eu mandar”…. Eu só me lembro de pensar “ Sou forte! Vou conseguir! Aguenta…Aguenta!”.
Quando me senti na sala, inconscientemente, comecei a mirar todos os candidatos, achava uns muito pequenos, uns muito magros outros muito gordos, nenhum me parecia adequado… Olhávamos uns para os outros, sorriamos cúmplices quando víamos os futuros cadetes a sair da sala do comandante… branquinhos.
Agora quando nos juntamos nas formaturas, quando observamos os novos cadetes percebemos que para muitos a vida vai começar, vão encontrar ali uma nova família e os melhores anos da vida deles.
“O Aluno da Academia Militar procura regular-se em todas as circunstâncias pelas normas da virtude, sabendo que nunca poderá ser bom como soldado se não for perfeito como Homem”

“O Aluno da Academia Militar é sempre delicado na manifestação dos sentimentos, cavalheiresco e urbano no trato social, sem deixar nunca de ser firme nas suas convicções, austero e sóbrio na sua conduta.

«Pelo Sonho é que vamos
comovidos e mudos.
Chegamos? não chegamos?
Haja ou não haja frutos
Pelo o Sonho é que vamos.»
«Chegamos? não chegamos.
Partimos.Vamos.Somos.»

Sebastião da Gama (Séc.XX)

Parabéns!

Já passa da meia noite!
Quero desejar um dia muito feliz e cheio de coisas boas à bella Maria que faz hoje anos!
Um beijo grande a uma mulher talentosa!

quinta-feira, setembro 07, 2006

Eu quero viver!

Nem que fosse por uns dias gostava de puder esquecer tudo, por a mochila às costas e partir sem destino… sem nada planeado, sem trabalho, sem telemóveis…
Voar para um sitio em que só me conhecesse quem eu quero, onde ninguém me apontasse o dedo ou repetisse o meu nome, um dia em que me dessem a possibilidade de infringir as normas, de criar as minhas normas, de adaptar outras… Seriam os dias mais felizes da minha vida.
Quando tudo á minha volta dá a impressão de acelerar, quando o meu cérebro parece abrandar, naqueles malditos dias em que os relatórios se amontoam na secretária e lá fora tenho um grupo irrequieto para orientar, um superior stressado a pressionar, só me apetece fugir, deixar tudo em modo de pausa e caminhar para um sitio calmo… Um sitio em que o telemóvel não funcione, os carros não consigam aceder e onde não exista qualquer possibilidade de me contactarem… Só eu e os escolhidos, relaxados e felizes como os despreocupados.
Deixem-me Viver!

Mudaste o meu mundo…

Quantos dias passei eu ausente da minha casa, enfiado no ginásio, ou noutra casa que não a minha… Quantas vezes pensei no sentido que a minha vida teria sem ti, sem existir um “nós” na minha vida, sem existirem uns braços onde, literalmente, me escondo dos problemas do dia, dos problemas que eram meus e agora são nossos...
Tantas vezes desejei ouvir-te naqueles dias vazios… Partilhar as coisas que eram só de um e que agora são dos dois… Partilhar tudo, bom e mau…
Agora que te tenho, que és minha e eu sou teu, não me canso de te admirar, de dizer o quanto te amo, o quanto preciso de ti…
Como diz a música… “É tão inacreditável”... Parece que sempre estiveste comigo, que sempre me completaste, que sempre te amei.
Mudaste o meu mundo e espero que o continues a fazer parte dele…

Amo-te A.L…

terça-feira, setembro 05, 2006

DJ Valliant

Um agradecimento ao Valliant, um moço ás direitas e um OP do melhor...que faz horas extra como programador de blogs.
Alguma coisa que eu posso ajudar é só pedir! Grazie

Hipocrisia

Continuo a ser surpreendido pelas falsas frases, os falsos beijos, a dor fingida e o sorriso amarelo… Surpreende-me e sempre surpreenderá a hipocrisia, a mentira…
Porquê? Para que serve fingir? Para que serve dizer que se faz uma coisa quando no fundo sabemos que não somos assim!
Milhões de pessoas simulam algo todos os dias. A mulher que é enganada pelo marido e que simplesmente prefere simular um sorriso, sussurrar um “amo-te” a dar um grito… O namorado que não está apaixonado pela namorada, mas que delonga a situação, sofrendo e fazendo sofrer… Porquê?
Como eu afirmo e volto a afirmar, pode servir por agora, mas chegará o dia em que o sorriso acabará num choro descomunal, o beijo será frio, sem desejo, sem personalidade, será como um simples roçar de lábios, por força do hábito… aí perceberão que a hipocrisia é como colocar um penso rápido sobre um corte sem o tratar… a solução mais rápida que vai infectar ainda mais a ferida.
Quando me afasto da multidão e começo a observar…
Vejo ali ao longe um filho que abraça o pai, sorri ao caminhar para ele mas, quando o abraça e reparo no olhar dele… que olhar, parece dizer “ Odeio-te! Odeio-te por seres assim. Repudia-me o teu toque… Eu não te quero abraçar, eu quero gritar por aí o quanto te odeio… quero… quero!!”… Ele quer ser sincero mas continua incapaz de quebrar o abraço.
Mais á frente, uma empregada de escritório leva o café ao seu chefe, ao seu poderoso chefe… apenas pensa “ Havias de te queimar, porco! Filho do papá… Nada fizeste para estar aqui… És lixo! Lixo! Devia contar à tua mulher em que consistem as tuas horas extras!” . Mas, como é obvio, nada diz, apenas sorri e curva a cabeça respeitosamente.
Porque não podemos dizer amo-te, não te amo… Odeio-te… És tudo para mim, és a minha vida…? Porque temos de ir pelo silêncio? Haverá o dia em que tudo será descoberto… afinal podemos enganar com o sorriso, com o abraço, mas não com o olhar…

Obrigado por me lerem

segunda-feira, setembro 04, 2006

Feiticeira... Luís Represas

De que noite demorada
Ou de que breve manhã
Vieste tu, feiticeira
De nuvens deslumbrada

De que sonho feito mar
Ou de que mar não sonhado
Vieste tu, feiticeira
Aninhar-te ao meu lado

De que fogo renascido
Ou de que lume apagado
Vieste tu, feiticeira
Segredar-me ao ouvido

De que fontes de que águas
De que chão de que horizonte
De que neves de que fráguas
De que sedes de que montes
De que norte de que lida
De que deserto de morte
Vieste tu feiticeira
Inundar-me de vida.

A Resposta

Perguntaram-me hoje o porquê de assinar como Aquiles… Passo de seguida a explicar.

Aquiles era um principie do Norte cujo ponto fraco era o calcanhar. A mãe havia-o banhado nas águas do rio Estige, tornando-o invulnerável em todas as partes do corpo excepto o calcanhar.
No dia em que nasceu, o oráculo afirmou que Aquiles seria mais forte que o seu pai Peleu, um rei.
Aquiles é considerado um Deus na Ilídia, , o mais poderoso dos guerreiros gregos que lutaram em Tróia, não só pela sua capacidade superior de luta mas pela atitude. Mostrava uma completa e total devoção pela excelência da sua arte e como um deus, nenhum respeito pela vida. O seu desejo era que a sua morte fosse gloriosa e não como qualquer morte. A sua cólera era absoluta.
Para os Gregos, Aquiles simboliza o herói, escolhendo a glória no lugar da vida.
Foi morto pela flecha de Paris conduzida por Apolo em direcção ao seu ponto fraco o calcanhar.

Admiro Aquiles, temos algumas coisas em comum, primeiro a gloria depois a vida, devoção pela excelência, vontade de superar e de vencer… depois considero o meu calcanhar o meu ponto mais fraco.

Aquiles justifica a frase “ Os eleitos dos Deuses morrem jovens..”

Pronto J…

Iris

And I'd give up forever to touch you
'Cause I know that you feel me somehow
You're the closest to heaven that I'll ever be
And I don't want to go home right now

And all I can taste is this moment
And all I can breathe is your life
'Cause sooner or later it's over
I just don't want to miss you tonight

And I don't want the world to see me
'Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am

And you can't fight the tears that ain't coming
Or the moment of truth in your lies
When everything feels like the movies
Yeah you bleed just to know you're alive

And I don't want the world to see me
'Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am


.................................................

And I don't want the world to see me
'Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am

And I don't want the world to see me
'Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am

I just want you to know who I am
I just want you to know who I am
I just want you to know who I am...

A Cidade dos Anjos

Hoje à tarde vi um filme que a maioria das pessoas já deve ter visto… senão aconselho… A cidade dos Anjos, com Nicolas Cage e Meg Ryan.
Resumidamente Nicolas Cage interpreta o papel de Seth, um anjo e Meg Ryan o de uma médica.
As duas personagens acabam por se apaixonar e Seth é colocado numa situação difícil, escolher entre ser mortal e “viver” o amor da sua vida, ou continuar a caminhar sobre as nuvens como um anjo e provar a eternidade.
Obviamente que ele decide “saltar” e aproveitar até o mais curto dos toques, é um filme…

Inconscientemente, durante o filme comecei a pensar na minha própria vida, no meu trabalho, nas minhas relações interpessoais.
Diariamente temos de optar entre o que desejamos e o que devemos, o que somos e o que querem que sejamos… bla bla… Mete muita raiva ( mas como eu sou irritadiço..), muito nojo por vezes.
Falo por mim… Sou cobarde, nunca conseguirei “saltar”, abandonar o que tenho garantido e passar para a hipótese, não agora, talvez quando era eu e só eu, quando ninguém dependia de mim e eu de ninguém dependia… mas não agora.
Será verdade que mais vale uma semana feliz a uma vida equilibrada, em que podemos ou não ter dias em que ficamos sem fôlego, apaixonados, e os odiosos dias em que tudo parece que vai cair e destruir o nosso ser?
Seria eu capaz de abandonar uma casa, uma família e partir por esse mundo fora sem nada a não ser as roupas que envergo? Seria? Não seria… O que tenho agora foi o resultado de múltiplos “saltos” passados, pois se pensarmos bem, o que agora me parece uma grande aventura, cheia de riscos e paixões escondidas, quando concretizado e vivido não passará do quotidiano e voltaremos ao ponto inicial…
O topo do arranha céus… Salto?... Não salto?... Salto?.... Não Salto? ….



Será um paradoxo??