sexta-feira, dezembro 29, 2006

Ohhhhhhhh Selene

Selene... Carrega no play =D

Quem não tem uma música própria??
Quem não acha que aquele poeta escreveu aquele poema a pensar na sua pessoa??
Quem não recorda um cheiro específico de alguém, de algum sítio, de uma ocasião qualquer?
Quem não sonha ao ver um filme romântico, daqueles com aquelas histórias quase utópicas, e deseja que essa história se repita na sua vida??
Quem nunca visitou um local pela primeiríssima vez e se “lembrou” de já lá ter estado?
Começo pelo fim:

Vivi no estrangeiro, numa cidade, sozinha, durante um ano. Não precisei de mapas. Sabia exactamente onde estava, para onde ía, e nunca me perdi na imensidão das ruas... senti que já tinha vivido lá. Não faço ideia quando, nem quem era...

Vi atentamente o filme “Jerry Maguire” e sonhei com uma história daquelas para mim... aquela famosa frase “You had me at hello!” fez-me ver que há realmente coisas muito simples. Até no amor...

Há um cheiro que nunca esquecerei de um perfume, já antigo, que o meu avô usava. Aliás, sempre achei que ele exagerava na dose diária. Disse-lhe umas quantas vezes. Nada mudou de qualquer maneira. Há pouco tempo, sentada num banco de um combóio, lia o meu livro calmamente. À minha volta o entra e sai próprio da hora de ponta... entretanto sinto que alguém se senta no banco em frente ao meu. Não tirei os olhos do livro até o meu nariz ter presenciado aquele odor... era o mesmo perfume. As pernas tremeram. Não me contive e pousei o olhar naquela pessoa. Devorei-lhe cada partícula do cheiro que emanava dela. E vi o meu avô. Senti-o claramente...

“Conheci” Fernando Pessoa ainda nova. Cruzámo-nos de forma natural. Uma descoberta entre os milhentos livros religiosamente guardados do meu pai. Não me lembro o porquê dessa minha curiosidade repentina mas recordo-me que me “prendi” ao livro para sempre. Ainda hoje o tenho. Revi-me nos seus textos... senti-me algo nua, despida de alma porque ele a tinha descoberto. Uma empatia perfeita entre um génio da palavra e uma leitora desfasada do tempo...

Não digas nada!
Nem mesmo a verdade
Há tanta suavidade em nada se dizer
E tudo se entender -
Tudo metade
De sentir e de ver...
Não digas nada
Deixa esquecer
Talvez que amanhã
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda essa viagem
Até onde quis
Ser quem me agrada...
Mas ali fui feliz
Não digas nada."

Fernando Pessoa

E chego finalmente ao início do texto. A música. Não referirei uma música minha e de mais alguém. Também as há. Vou antes dar a conhecer uma música que me dedicaram há uns tempos atrás. Marcou-me pela pessoa que a escolheu, pela ocasião de ruptura em que nos encontrávamos e pela analogia simples de uma mulher e do vento... Ninguém fala no vento. Fala-se, escreve-se, canta-se sobre o mar, sobre a lua, sobre o tempo, sobre o amor, sobre o sofrimento... esquecem-se frequentemente das brisas de todos os dias!!
Partilho-a ...

http://www.youtube.com/watch?v=pi7cmNDgCz8

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Mulher!

Não é dia da Mulher, eu sei, mas precisamos de miminhos destes todos os dias...

"Enquanto houver uns olhos que reflectem
outros olhos que os fitam,
enquanto a boca responda a suspirar
aos lábios que suspiram,
enquanto sentir-se possam ao beijar-se
duas almas confundidas,
enquanto exista uma mulher formosa,
haverá poesia!"

Gustavo Adolfo Bécquer

Poema Matemático

Bem, eu vou colocar aqui um poema que li num outro blog...Achei tão estranho o poema, mas tão estranho...que não podia deixar de partilhar...



Um Quociente apaixonou-se um dia doidamente por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a, do Ápice à Base...
Uma Figura Ímpar;
Olhos rombóides, Boca trapezóide,Corpo ortogonal, Seios esferóides.
Fez da sua uma vida Paralela à dela.
Até que se encontraram No Infinito.
"Quem és tu?" indagou ele
Com ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.Mas podes chamar-me Hipotenusa ."
E de falarem descobriram que eram
O que, em aritmética, corresponde
A alma irmãs Primos-entre-si.
E assim se amaram
Ao quadrado da velocidade da luz.
Numa sexta potenciação
Traçando ao sabor do momento
E da paixão Rectas, Curvas, Círculos e Linhas Sinusoidais.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidianas
E os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E, enfim, resolveram casar-se.
Constituir um lar.
Mais que um lar. Uma Perpendicular.
Convidaram para padrinhos O Poliedro e a Bissectriz.
E fizeram Planos, Equações e Diagramas para o futuro
Sonhando com uma felicidade Integral
E diferencial.
E casaram-se e tiveram uma Secante e três Cones muito engraçadinhos.
E foram felizes.... Até àquele dia
Em que tudo, afinal, se torna monotonia.
Foi então que surgiu O Máximo Divisor Comum...
Frequentador de Círculos Concêntricos.Viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela, Uma Grandeza Absoluta,
E reduziu-a a um Denominador Comum.
Ele, Quociente, percebeu que com ela não formava mais Um Todo.
Uma Unidade.
Era o Triângulo, chamado amoroso.
E desse problema ela era a Fracção Mais Ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade.
E tudo que era espúrio passou a ser Moralidade
Como aliás, em qualquer Sociedade.


Millôr Fernandes

quarta-feira, dezembro 27, 2006

O meu herói


Durante a nossa infância crescemos a ouvir histórias de heróis, príncipes encantados que salvam as belas princesas no castelo longínquo, guardado por dragões, ou bruxas malvadas…ouvimos falar dos grandes conquistadores, dos soldados rebeldes, dos grandes marinheiros e na nossa mente acaba por se estruturar um objectivo, mesmo que de curta duração… queremos ser como eles.
Quem nunca quis ser como o polícia que um dia visitou a sua escola, como o cantor que encanta multidões, o soldado que luta em países distantes, o artista de cinema, que conquista todas as donzelas e elimina os inimigos? Todas as pessoas têm o seu heróis, o seu ídolo.
Lembro-me que durante as férias, quando era pequeno e ia passar as férias grandes com os meus avós paternos, seguia um carabinieri para todo o lado, via como é que ele andava e tentava andar da mesma forma, imitava as expressões faciais, as frases, as acções. Esse carabinieri é o meu avô.
Quando falávamos dos nosso ídolos, uns mencionavam cantores, outros jogadores de futebol, o meu ídolo sempre foi o carabinieri do passo largo, voz grossa, e cavalheiresco, o homem que luta pelo que quer e que, quase sempre, tem.
Sei que ainda agora, quando me chateio, ou tenho um problema, penso “ O que faria o meu avô se estivesse na minha situação?”, tento fazer o que ele faria, tenho-me saído bem.
Por isso e por muito mais … Grazie nonno!


O cabelo loiro, preenchido por caracóis,estava desalinhado... os olhos azúis, grandes e expressivos, observavam-me e a tua boca, perfeitamente desenhada, tinha um rasgo de um sorrido tímido... as tua unhas sujas pertenciam a umas mãos finas e débeis... Pena. Foi o que senti no nosso primeiro contacto. Pena de ti, da tua vida tão curta ainda mas já tão preenchida de infortúnios. Pena das vezes que já deves ter chorado, das vezes que já tiveste fome e frio... Hoje, continuo a sentir pena. Mas de mim. Por não ter sido a primeira pessoa a ver-te quando nasceste...
Os nossos primeiros dias foram de descoberta total e de entrega a cada segundo vivido! Eu interpretava os teus sinais, tu lias os meus olhos. Eu adivinhava a tua dor e os teus medos, tu sabias que o teu lugar estava garantido na minha vida. Eu teimava em vasculhar tudo o que é teu, tu insinuavas um passado esquecido e uma esperança num futuro melhor... como me ensinaste... Conheces o “menos bom” e mesmo assim só sabes ser meiga, grandiosa e sorridente...

- Beatriz, desenha o teu animal preferido!
- Pode ser um cão?
- Pode ser o que tu quiseres desde que seja o teu preferido.
- Vou desenhar um cão. Grande.
- Grande?! Porquê, não gostas de cães pequeninos?
- Gosto mas um cão grande protege-me mais. Além disso podia ensiná-lo a pegar em mim para olhar pela janela pequena. Eu não chego lá.
- Uma janela pequena. Não há portas Beatriz? Para que possas ir brincar com ele lá para fora?
- Há uma mas está sempre trancada. Só posso olhar pela janela...

Viveste sempre enclausurada não foi? Anda cá, deixa-me abraçar-te e dizer-te que vamos as duas abrir outras portas com a mesma mão. Abrimo-las e nunca mais as fechamos...

- Beatriz, tu choras?
- Choro tu não?
- Sim, choro. Mas eu nunca te vi chorar...
- Pois não. Eu escondo-me quando me apetece.
- Escondes-te? Podes dizer-me onde?
- Na almofada...

Quem te ensinou que chorar é uma fraqueza?! Quem te assustou ao ponto de teres um sítio só teu para chorares?? És uma criança. As crianças choram, riem, brincam, fazem asneiras naturalmente. Nós, os adultos, somos os únicos a procurar refúgios porque temos medo de nos mostrarmos...

Desde que te conheço que me tornei em alguém melhor. A ti devo o entendimento perfeito das palavras “perdão” e “sofrimento”. Não me esqueço do nosso primeiro fim de semana juntas. Quando te perguntava se estavas a gostar e tu respondias com abraços... Quero continuar a lutar por ti... e por mim!! Quero continuar a aprender ao teu lado. Quero sentar-me no chão contigo, brincar ao que tu quiseres, tocar-te na cara e nos cabelos loiros e dizer-te que és uma menina linda e que tenho orgulho em ti! Quero que acredites em mim quando digo que podemos confiar nas pessoas. Podemos realmente Beatriz, no entanto, temos de estar sempre preparados para decepcionar e sermos decepcionados. Faz parte da vida...
Quero acordar sabendo-te cá em casa, num quarto que já é teu... Quero dar-te banho, vestir-te a tua roupa preferida, colocar-te os ganchos no cabelo rebelde... quero que me puxes pelas calças e digas que está na altura do colo porque sentes que vais chorar... deixaste a tua almofada e agora sou eu o teu porto de abrigo... quero passear de mãos dadas contigo, mostrar-te ao mundo e deixar que digam que és linda mas que és “minha”... quero não ter de me despedir de ti por mais tempo do que o essencial e não ver as tuas e as minhas lágrimas... quero dar-te o cão grande... quero que preenchas a casa com o teu cheiro, o teu sorriso, os teu sons... quero que abras as portas sem medo, que descubras o que está lá dentro e que não tenhas medo em partilhar...
...quero tanta coisa Beatriz porque és a minha metade...





terça-feira, dezembro 26, 2006

É mentira...

Era muito nova quando me apercebi que os adultos mentiam. Sem vergonha.
A mãe dizia que me dava a boneca na viagem de regresso mas o que é engraçado é que, no regresso, nunca vinhamos pelo mesmo caminho...
- “Mamã, a boneca?!”
- “Agora não vamos por lá. Fica para a próxima!”
O pai ensinava-nos que devíamos respeitar os animaizinhos, tratá-los com respeito, educá-los como se de pessoas se tratassem, no entanto, aquele cãozinho que me deram, aquele que fazia cócó demais no terraço lá de casa, foi “recambiado” para a casa de um amigo...distante
- “O meu cão?”
- “Olha, deixámos o portão aberto e o cão fugiu...”
Chorei. Berrei
- “Não te preocupes. Ele é tão bonito e esperto que já arranjou uma casa quentinha e maior do que esta para brincar à vontade!”
Acreditei, não tinha por que não o fazer. Acreditei e continuei a viver feliz na minha ingenuidade.
E aquela professora que prometeu, solenemente, não castigar quem tinha feito aquela (horrível) asneira?!?! Eu assumi-me, revelei ter sido eu. Fortemente convencida de que nada me aconteceria, claro! Acreditei nela, piamente. Errado. Ainda hoje me dói o rabo só de pensar nisso...
Cambada de mentirosos. Todos. Pior do que eles serem mentirosos é, consciente ou inconscientemente, ensinarem-nos a mentir
- “O que aconteceu ao avô?”
- “O avô foi para longe, achamos que não vem mais. Mas disse que vai estar sempre a pensar em ti...”
- “Ou comes a sopa toda ou vem aí o Papão”
- “Papão?! Não sei quem é mas pelo nome não deve ser como o Noddy. Dá cá a sopa. Marcha tudo”
O que é isto???? É uma verdade, uma meia-verdade, uma mentira ou uma meia-mentira?? Será que há “meias” nestas coisas?!? As crianças podem não entender muito bem enquanto crianças. Mas crescem. Toda a criança cresce mais cedo ou mais tarde... é só aí que vão entender que as fizeram de parvas...

Intimidar para vencer


As coisas que me enviam... A mim... Um Anti-clerical...ateu assumido

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Pormenores!

Às vezes páro um pouco... Olho à volta, observo os que me rodeiam.
Sempre me disseram que era boa observadora... Talvez porque presto demasiada atenção a detalhes que, provavelmente, passam despercebidos ao primeiro contacto. Os pormenores definem as pessoas. De uma maneira geral, à primeira vista e ao primeiro toque, somos todos muito parecidos. O que realmente nos distingue são as pequeninas coisas... aquelas que alguém designou de “pormenores sem a mínima importância”!

Tive um namorado, há alguns anos atrás (como o tempo passa), que me surpreendeu muito com algumas palavras. Quando lhe perguntei o que gostava mais em mim (hoje já não faço perguntas dessas, amadureci e como tal receio a resposta) respondeu-me desta forma: “Gosto da forma como andas e da forma como falas”... Na altura pensei “Este gajo é parvo de certeza!!! Da forma como falo até nem é mau mas... podia dizer que gostava do meu cabelo, podia dizer que gostava dos olhos ou dos lábios, até podia dizer que não gostava de nada... agora da forma como ando??” Bem, lembro-me que, durante uns tempos, antes de sair de casa, me virava de costas para o espelho e andava em direcção à porta com a cabeça virada, observando como era o meu “andar”... Para mim, normal!! Para ele, pelos vistos, não. O que é realmente curioso é que ainda hoje, depois de alguns anos, essas são as palavras que mais me lembro ditas por ele. Já esqueci o cheiro, já não me lembro dos gostos, não sei o que queria ser quando fosse “mais crescido” mas recordo-me perfeitamente daquele comentário... Pormenores!

E o mesmo se passa com os locais que conhecemos... adoro viajar e tenho o privilégio de já ter conhecido alguns pontos interessantes! O que guardo deles são, igualmente, pequenos grandes momentos.
Há um lugar, escondido entre as serras quase inóspitas de Trás os Montes que, de tão natural e simples que é, me transmitiu uma sensação de paz, nunca antes vivida em qualquer outro local. É uma aldeia, daquelas que têm só uma estrada que acaba na Igreja. As casas, meia dúzia, são próximas (não vá o Diabo tecê-las) umas às outras e exalam aquele cheiro a fumo, a quente, a gente que vive em comunhão com o que a terra lhes oferece. Na única rua há bancos de pedra e num deles está um ramo de flores. Soube depois. Uma homenagem singela a alguém que tinha partido recentemente e que se sentava ali. Era dele aquele sítio. Durante uns tempos ninguém tem a coragem de o ocupar. Pormenores! Aqui, enquanto andamos, conseguimos ouvir cada um dos nossos passos (e lá vem o andar novamente, aquele rapaz traumatizou-me) porque o que realmente caracteriza esta aldeia é o silêncio! O silêncio que incomoda tanta gente... o silêncio que muitas vezes é mal compreendido porque se teima em pôr em palavras o que, às vezes, é perceptível apenas com um olhar ou com um simples toque... O silêncio vivia ali! Descobri eu... talvez de mãos dadas com a solidão. Não uma solidão que assusta e que preenche os dias de coisas vazias mas uma solidão consciente, sã... uma solidão que já se tornou aliada contra o tempo! E o tempo, neste sítio, é vivido não em horas, minutos ou segundos mas antes em manhãs, tardes e noites...
Solidão, Silêncio e Tempo. Três palavras fantasmas do corre corre do nosso dia-a-dia: somos exigentes demais para estarmos sós, falamos bem demais para estarmos calados e somos reais demais para sermos efémeros como o tempo...
Pormenores...

Vinicius de Moraes

Eu sei e você sabe
Já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe
Que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham a você.

Assim como o Oceano, só é belo com o luar
Assim como a Canção, só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem, só acontece se chover
Assim como o poeta, só é bem grande se sofrer
Assim como viver sem ter amor, não é viver
Não há você sem mim
E eu não existo sem você!

DIVAGAÇÕES


Longe de ti são ermos os caminhos,
Longe de ti não há luar nem rosas;
Longe de ti há noites silenciosas,
Há dias sem calor, beirais sem ninhos!


Florbela Espanca

Silêncio

Quando estava a escrever o comentário para a Selene, abri o meu livro de “apontamentos”, o livro onde eu escrevo, onde eu escrevo o que leio e gostaria de ter escrito… Coisas do género… Pois bem, encontrei uma frase que diz tudo:

“ Bateram à porta, hesitei, não quis abrir… Bateram de novo, com mais força, mas depois não insistiram mais, desceram as escadas em silêncio… Para sempre partiram… Deixando estas palavras fatais “ Eu sou a Felicidade e não voltarei jamais”.

Num sentido mais pessoal, dirigido a alguém ( a pessoa saberá), não AL não é para ti…
Tiveste-me, completo…desde o cabelo mais rebelde à ponta das botas, até à última fibra de mim…Tiveste…Não mais voltarei…

Num sentido mais lato… Gozem a vida… Carpe Diem!

Ai Ai Ai

Após a tempestade vem a bonança…Suponho que deve dar ao contrário…Ou então, “ Azar ao jogo sorte no amor…”, “ Quem tudo quer tudo perde”…
O certo é que já tive dias melhores…para ajudar à festa não conseguia entrar no blog!

Porque te foste assim?

- Porque te foste assim? Não te despediste...
- Não sabia como!
- Não sabias como?! Como é isso possível? Não gostas de mim?
- Sim, demais.
- Não vais sentir saudades minhas?
- Vou, demasiadas.
- Não vais sentir pena de não te rires comigo?
- Sim, mas vou lembrar-me sempre do teu sorriso...
- Não me vais ver...
- Vou-te sentir ao meu lado todos os dias...
- És egoísta.
- Sou corajoso!
- Corajoso? Não. És cobarde. Foges dos problemas.
- Quero que entendas: desliguei-me da vida, desliguei-me de ti e de todos porque para mim a felicidade só é possível quando temos uma caminho pela frente e quando vale a pena tentar e arriscar... a mim não me restava nada! Apenas a morte...
- E vês-me a chorar?
- Vejo, sinto e choro contigo!
- É um sofrimento atroz... sabias? Saber que deveria ter-te dito mais vezes que te amava, que me fazias bem, que no teu colo encontrava a paz, que as tuas histórias me faziam sonhar, que o teu abraço era perfeito, que quando ralhavas ficavas vermelho de ira mas tinhas o coração apertado... dizer-te que eu era aquela princesa que falavas tanto... era eu, tenho a certeza... e as tuas cantigas perto do meu ouvido. Ainda sei a letra e hei-de cantá-las um dia.... Porque te foste assim?? Arrependo-me de tanta coisa que não fiz por ti...
- Senta-te no meu colo.
- Eu cresci.
- Eu sei mas senta-te no meu colo. Não envelheci.
- E posso ler-te um texto? Descobri-o para ti... e podias ter sido tu a escrevê-lo...
- Agora tenho todo o tempo do mundo... lê-o...
- E amanhã estarás cá?
- Estarei. Numa solidão acompanhada, numa existência permanente...

Se, por um instante ,Deus se esquecesse de que sou uma marionete de trapo e me presenteasse com um pedaço de vida,possivelmente não diria tudo o que penso,mas ,certamente pensaria tudo o que digo. Daria valor às coisas,não pelo o que valem, mas pelo que significam. Dormiria pouco,sonharia mais, pois sei que a cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz. Andaria quando os demais parassem, acordaria quando os outros dormem. Escutaria quando os outros falassem e gozaria um bom sorvete de chocolate. Se Deus me presenteasse com um pedaço de vida vestiria simplesmente , me jogaria de bruços no solo,deixando a descoberto não apenas meu corpo, como minha alma. Regaria as rosas com minhas lágrimas para sentir a dor dos espinhos e o encarnado beijo de suas pétalas. Deus meu, se eu tivesse um pedaço de vida!... Não deixaria passar um só dia sem dizer às gentes- te amo, te amo. Convenceria cada mulher e cada homem que são os meus favoritos e viveria enamorado do amor. Aos homens, lhes provaria como estão enganados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saber que envelhecem quando deixam de se apaixonar. A uma criança,lhe daria asas,mas deixaria que aprendesse a voar sozinha. Aos velhos ensinaria que a morte não chega com a velhice, mas com o esquecimento. Tantas coisas aprendí com vocês, os homens... Aprendí que todo mundo quer viver no cimo da montanha,sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a escarpa. Aprendí que quando um recém-nascido aperta com sua pequena mão pela primeira vez o dedo do pai, o tem prisioneiro para sempre. Aprendí que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se. São tantas as coisas que pude aprender com vocês,mas,finalmente não poderão servir muito porque quando me olharem dentro dessa maleta,infelizmente estarei morrendo " GABRIEL GARCIA MARQUEZ

Comentando o texto da Selene

O homem sempre foi e sempre será mais aberto que a mulher, talvez por não ter receio de se magoar, por ter um espírito mais empreendedor, como disseste… romântico.
Penso que nós, os homens, nos aproximamos mais das crianças nesse aspecto, não no aspecto da infantilidade, mas sim da ingenuidade, o que um homem pede, luta, sua e sangra, é a nossa natureza.
Mas, sinceramente, algumas senhoras não percebem que apesar de aparentarmos espíritos de pedra, força de leão… sofremos. Certas coisas deveriam ser evitadas, outra retribuídas… tipo os telefonemas…LIGA-ME! ( brincando).
É tudo.
Muito obrigado… Adorei o texto :D

terça-feira, dezembro 19, 2006

Mulheres Vs Homens

Em tudo, mas em tudo mesmo, os homens são diferentes das mulheres! Ontem dei por mim a pensar que tanta diferença só pode realmente dar confusão…
Sou romântica. Admito! Gosto de tudo o que tenha a ver com actos de amor, de surpresa, de paixão e de erotismo… Chego a ser exigente com os pormenores… e normalmente é evidente que… me desiludo! Uma desilusão já esperada, confesso! Mas, e por muito que me custe a admitir, os homens são mais românticos do que as mulheres. Vejamos.
As mulheres gostam de surpresas, os homens gostam de surpreender;
as mulheres são envergonhadas nos seus desejos, os homens são exímios a revelá-los;
as mulheres escondem-se num “não” que significa (quase sempre) sim, os homens não se escondem em palavras e revelam-se em actos simples;
as mulheres são excelentes sonhadoras de fantasias, os homens também sonham mas procuram realizá-las;
a mulher, mesmo apaixonada, não se mostra, o homem fá-lo de uma forma natural e espontânea…

Na literatura temos alguns exemplos de textos românticos escritos por uma mulher e por um homem que denunciam claramente esta diferença…
Florbela Espanca dizia assim:

“Eu quero amar, amar perdidamente ! Amar só por amar: Aqui ... além... Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente ... Amar ! Amar! E não amar ninguém !”

Ok, ela quer amar! Entendido. Mas quem?? Faz de propósito… misteriosa como só as mulheres o sabem ser!!! E termina o poema com a palavra mais vaga do mundo… “ninguém”!!

Pablo Neruda, no entanto, disse assim:
“Do teu passado
Não tenho ciúmes.
Vem com um homem às costas,vem com cem homens nos cabelos,vem com mil homens entre o peito e os pés,vem como um rio cheio de afogados que encontra o mar furioso,a espuma eterna, o tempo!
Trá-los a todos ao lugar onde te espero:estaremos sempre sós,estaremos sempre, tu e eu,sozinhos sobre a terra para começar a vida!”

Directo. Não está a falar para as mulheres todas do mundo. Não. Nem sequer está a escrever para “ninguém”. Dirige-se simplesmente a uma. A eleita. Essa pode vir de qualquer maneira…
No fundo, e na minha humilde opinião (as mulheres que me perdoem), só os homens sabem realmente amar. Repito. Os homens quando amam é realmente de coração, alma e corpo… amam tudo. As mulheres dizem que amam mas, o que realmente importa, é sentirem-se “amadas”…

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Perdi-me

Hoje acordei e senti-me... terrivelmente... só.
Sozinha num silêncio que só eu entendo, talvez porque os silêncios são pessoais e escondem-se atrás das palavras!
Pensei em chamar-te.
Pensei em quebrar este som sem som que se instalou na nossa cama.
Pensei em puxar-te para mim e dizer-te baixinho que me apetecia falar sobre qualquer coisa que ainda nos una.
Pensei em pensar em nós.
Pensei na primeira manhã de uma noite em claro, incomodada com os meus movimentos, cautelosos demais para não te acordarem.
Pensei nos teus olhos frios de luz, na tua boca seca de palavras, no teu cabelo com um odor que já não mais conheço.
Pensei na minha voz e na tua voz e nos caminhos onde já não se cruzam.
Tu estavas lá. Aninhado nos teus sonhos, dos quais não faço parte (alguma vez fiz?), enrolado num lençol desarrumado... como a nossa vida.
Olhei para ti na esperança de encontrar uma razão que me prendesse ao teu corpo e ao teu cheiro.
Toquei-te suavemente no ombro esperando encontrar o calor do teu abraço dos dias mais difíceis.
Sussurrei o teu nome e pacientemente aguardei uma palavra...
Então, o quarto, o nosso quarto, tornou-se demasiado pequeno e eu demasiado grande para caber nele.
Levantei-me e saí sabendo que o meu lugar na cama deixára de existir. Como eu. Como nós. Como a nossa vida.
No espelho, apenas uma prova da minha existência: um papel amarelo no qual escrevinhei: “Perdi-me e tu não me vais encontrar!!”.

Bem vinda!

Selene... Tens a palavra

Deusa da Lua

Visto-me com este nome porque me leva a um espaço distante e longe de tudo o que está à frente dos meus olhos... A Lua, apesar de conseguir ser vista quase todas as noites, não se deixa descobrir!! Arrasta consigo segredos, mistérios... A Deusa da Lua, Selene, adorava banhar-se no mar antes de regressar ao céus. Combinação perfeita. A lua espelha-se no mar!

sábado, dezembro 16, 2006

Re-Voltado

Não, ainda não foi desta que eu morri... :D

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Quero

Quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.

Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?

Quero que me repitas até a exaustão
que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
pois ao dizer: Eu te amo,
dementes
apagas
teu amor por mim.

Exijo de ti o perene comunicado.
Não exijo senão isto,
isto sempre, isto cada vez mais.
Quero ser amado por e em tua palavra
nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso,
a perfeita maneira de saber-se amado:
amor na raiz da palavra
e na sua emissão,
amor
saltando da língua nacional,
amor
feito som
vibração espacial.

No momento em que não me dizes:
Eu te amo,
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me,
que nunca me amaste antes.

Se não me disseres urgente repetido
Eu te amo amo amo amo amo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor.


Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, dezembro 01, 2006

BOAS!

Nestes últimos dias não tenho escrito nada, mesmo…
A minha situação profissional tem exigido muito do meu tempo assim como a minha vida pessoal. Estou naquela fase em que tenho mais alvos que balas…tenho tentado sair vivo.
Pois bem, nos próximos dias vou tentar escrever alguma coisa, espero que o ritmo abrande.

Fiquem bem...

sexta-feira, novembro 24, 2006

Para que não existam duvidas...

A vida é curta e temo-la, constantemente, presa por um fio. Cada dia que passa é menos um dia para dizer o que se pensa, o que se sente. As palavras não se gastam, mas o tempo sim e nunca, nunca pode ser bem aproveitado se não se disser o que se pensa.
Por isso, por tudo e por mais alguma coisa…Hoje, e para todo o sempre, quero-te dizer o que significas para mim, o teu valor na minha vida.
Amo-te mais do que amo o sol, mais alto que a lua, mais profundamente que o navio que jaz no fundo do oceano. Amo-te mais e mais e amo-te mais do que te amo, porque não te amo uma vez, amo-te todos os dias, horas, minutos…segundos e milésimos, amo-te continuamente.
Sempre que respiro amo-te, sempre que não o faço amo-te, porque tu és permanente, porque és única.
És especial, és tu, és, no fundo, eu, porque sem ti eu não existo, sem ti eu não sou nada e quero que o saibas porque… apenas te amo.

segunda-feira, novembro 20, 2006

Esqueci-me!

O projecto das cartas está em Standby até ordem em contrário…

Mais um confuso na confusão

Por motivos que me são alheios ( não são mas apetece-me dizer que sim) não tenho escrito… Quer dizer, até que tenho escrito, muito, mas pensem que não tenho para aqui o je não ficar com remorsos ( eu quando quero consigo ser muito pouco claro, ou muito confuso? Confuso.. Claro… Não sei perdi-me).

Muito trabalho, muito descanso, muita raiva e muita alegria… Assim descrevo os meus últimos dias… Tenho de tudo, é à vontade do freguês…
Alguma duvida, sugestão e/ou algo do género, é favor utilizar a caixa dos comentários…

Arrivederci!

sábado, novembro 11, 2006

Duhhhh


Quando se pensa no que já passamos, no que já fomos, no que seremos e no que jamais encontraremos… Quando se pensa naquela pessoa especial, nas pessoas que, achamos, serem especiais, naquelas que para nós são tudo, chegamos à conclusão que a vida é um conjunto de acções colaterais e inimagináveis.
A interdependência entre a sociedade é tão grande… Se eu não trabalha-se no que trabalho, se naquele dia, ao invés de sair para o trabalho, tivesse decidido tirar o dia, nunca teria conhecido a minha mulher… Se naquela noite não tenho decidido ir sair com os meus amigos, não teria o meu filho…

Parece estúpido o tema… Mas deixou-me a pensar e isso pode ser mau.


Bom final de semana….

terça-feira, novembro 07, 2006

COMER ou não COMER


Come não come? Come sempre…ou não?
A prática do rumor nada tem de inócuo ultimamente…
Porque razão a palavra de uma senhora cala o mundo e dá má fama a um homem, mesmo que a mesma sofra da muito, e bem, chamada dor de cotovelo?
Sinceramente, com vinte e oito anos, é impossível fisicamente fazer tudo aquilo que me atribuem a autoria… trabalho, não tenho assim tanto tempo livre…
Pela lei do “comer” que, sinceramente, acho um verbo sem sentido neste propósito porque o canibalismo já acabou ( teoricamente…todos os das fecha um restaurante chinês)… retomando… Por essa lei eu era, sem duvida, o mestre dos mestres, fama não falta… agora o proveito? Hummm, acho que não o tenho todo.
É verdade, admito! Fui um doidooooo! Experimentei muitos modelos ;D, fiz muita “porcaria” nesse campo, ou não ( depende dos intervenientes, posso fazer uma sondagem…), diverti-me, diverti, divertimo-nos, uauuuuuuu, foi maravilhoso, mas FOI!! Acabou!
Agora sou um Homem de família…Se faz favor, perguntem antes de espalhar…
E….
Continuo a não gostar do “comer”! Já que gostamos tantos de metáforas usemos o explorar, é muito mais sexy! =D

quinta-feira, novembro 02, 2006

Confissão



nO dIa Em QuE mE vIrEs TeMe E lEmBrA-Te, PaRa SeMpRe, QuE vIsTe O dIaBo!


ahahahahah

sexta-feira, outubro 27, 2006

Sugestão

Boas pessoal…

Que melhor meio para difundir o que gostamos do que na Internet? Num blog… digamos, acessível a todos.
Pois bem, sem mais rodeios…

O meu amigo Dr.Freud escreveu um livro, intitulado de “ No chat com Deus e o Diabo”…. É um livro original, escrito de uma maneira que, penso, se irá tornar mais geral daqui a uns tempos.
Envolve dogmas, ideais, histórias pessoais, impessoais, tristezas e alegrias… tudo o que um bom livro deve conter…

Além de ser um bom livro tem outro ponto a favor! Está à distância de um clic…

De que estás à espera??? Clica…

http://www.box.net/public/r3ymdmbosf


( vai aparecer constantemente no meu painel de acessos lateral

quarta-feira, outubro 25, 2006

V

C:

Desculpa a demora a responder à tua carta, houveram uns problemas na nossa base, felizmente já foram resolvidos.
O olhar que referiste na tua ultima carta, suspenso, ausente, é comum a todos os que aqui estão, todos aqueles que, dia após dia, vêm o que eu vejo… temos no peito tanta dor, tanto sangue, tanta morte, combinada com a paixão, o orgulho e a maldita, irremediável, raiva… inexplicável.
Fala-me de ti, por favor, anima-me com a tua vida. Gostaria de ouvir o teu relato, imune á ira dos armados, sangue dos vencidos…. Quero a tua história, a história da qual quero fazer parte para sempre…
És a cor da minha vida, sem ti tudo fica como está agora, negro… O negro da saudade e da dor!

Amo-te
M.

Para Tudo!



Parou tudo, parem os ventos de soprar por um segundo, pare a chuva de cair, quero que parem os gritos e as sirenes... o choro e o riso.
Quero que, por um momento, o rio deixe de cumprir o seu curso…
Neste momento só quero ouvir duas coisas, a minha voz e o bater do teu coração.
Para tudo! Parou já!

AMO-TE!

terça-feira, outubro 24, 2006

IV

M:

A tua foto mostra-te e não te mostra, tudo em simultâneo. Está s presente fisicamente, mas a tua mente está longe. O olhar está suspenso em algo, mas em quê?
Pareces carregar o peso do mundo nos ombros… o teu cabelo está desalinhado, a farda está amarrotada, a tua face… a tua face está ferida, está sombria! Que te fizeram? Quero saber o que sentes… tenho receio de não te poder ajudar.
Ontem alguns camaradas teus tentaram animar-me, disseram que és forte, que vais conseguir ultrapassar esse deserto, são e salvo e trazer a glória para a tua pátria...
Não duvido que sejas forte, mas… temo que mudes, que fiques como te mostras na foto, ausente, absorto em algo que não o que se depara à tua frente… que carregues o mundo no peito e te esqueças de olhar a lua…. Tenho medo.
Não mudes, suplico-te, volta para mim...
Estou contigo em pensamento… Espero-te naquele lugar especial…


Tua…

C.

III

C:


Como é o meu mundo? Todos os dias me pergunto… todos os dias muda… como disse o poeta “ é o nada que é tudo”. Num momento negociamos a paz, no outro encomendamos as armas e escavamos as sepulturas!
Ora corre um vento coberto de areia, ora balas ardentes. Seguramos junto ao peito o menino a quem, indirectamente, tiramos os pais. Mas, o meu mundo não é este! O meu mundo és tu C!
Quando tudo acaba é pior… Nada mais sobra, só o meu pensamento…. A minha saudade. Quero encostar a cabeça…. Dormir… sonhar contigo.
Sinto a tua falta… Isso magoa-me mais que as balas quentes, os murros repletos de raiva…

( Foto anexa)
És a minha vida
M

II

M :

A tua foto escondi, numa tentativa falhada de pensar menos em ti… Tenho a tua imagem cravada na minha mente… o teu andar, o teu modo de falar, a voz doce de barítono, arrastada e calma, a pose segura, o teu toque firme sem deixar de ser meigo.
Quando vejo um homem penso em ti, quando ouço uma musica ouço-te a ti, vejo o céu azul e vejo os teus olhos… tudo me lembra de ti…. Não sei se quero.
Estás longe! No momento que escrevo não sei se estás firme a discursar para um pelotão, ou cravado de balas no chão…. Não sei, temo saber.
Tudo tão calmo no meu mundo… tudo tão parado sem ti…. Não sei como é o teu mundo, não sei como o vês, preciso de saber!
Volta como eras, não te deixes afectar…

Preciso de ti…..

C.

I

Querida C:

Inspiro-me olhando a tua foto, nada mais tenho de ti…
Nestes dias imperfeitos, que em nada se aproximam da perfeição só gostaria de sentir o teu perfume, o calor da tua face… ouvir o som da tua voz, mas não é possível. Olho para a foto e deixo a imaginação flutuar.
Conheces a sensação? Querer estar sentado junto a ti e apenas te olhar, aproximar-me de ti e só querer sentir a tua pele, nada mais…
Acordo e procuro o que não tenho, abraço o ar na tua ausência, converso com a poeira, espero a resposta que não vem…
Olho novamente para a foto, imagino-te junto a mim, não!, penso na realidade no palpável…. Suspiro, olho para o tecto, sussurro mais uma vez o teu nome e caio num sono profundo… No sonho, a realidade é outra…


Sempre teu

M.

Uma breve introdução

Boas

Nos próximos tempos, ou pelo menos hoje, lool, vou tentar manter no blog uma correspondência entre duas pessoas.
Talvez seja uma tentativa frustrada, mas é um género de ambição que eu tenho desde o inicio… Que seja o que a sorte quiser!

Uma breve introdução

M – É a personagem masculina (não vou entrar em grandes pormenores, porque nem eu os sei), é militar e está numa das muitas guerras que deflagram por aí.

C- É a senhora, como é lógico, não podia deixar de ser ( cai na rotina) é também a, digamos, namorada de M. É uma pessoa normal, com uma vida rotineira, como a da maioria das pessoas.

sábado, outubro 21, 2006

Guia do engate

Guia do engate

Antes de sair de casa….

Repetir para o espelho repetidas vezes coisas como…

- Princesa!
- Mas eu preciso de ti!
- Fazes me falta….
- Nunca me aconteceu isto… Estou sempre a pensar em ti
- Quero estar contigo…
- Confia em mim

( Por exemplo)

O banho da praxe… Desfazer a barba ( quem for homem para a ter)… Perfume, não se esqueçam de levar roupa engomada…

Quando chegam ao restaurante, olhem para o relógio ( se chegarem antes) constantemente, olhem para a porta com o olhar ansioso, passem a mão pelo cabelo ( pareçam ansiosos, senhores!)

Quando ela chegar
Levantem-se rápito… hum… tipo quando é golo do Benfica. Atenção!!
Não mandem… Repito… Não mandem a cadeira ao chão.

Cumprimentem com um beijo… só um… Na cara ( se não for intima, não se armem em parvos)

Repitam, tipo 5 vezes, que estavam ansiosos, não repitam as cinco seguidas… Sorriam, passem as mãos na calças, têm de estar nervosos!

Se alguma coisa correr mal, ou não como esperavam…

Por exemplo:

- A menina não quer nada com vocês, ou pelo menos quer dar a Entender…

Repitam o que treinaram ao espelho, efusivamente…

Mas EU!! Gosto de ti… Eu preciso de ti… Não me deixes! Por favor… Compreende a minha situação, em “abri-me” para ti… És tão linda, eu adoro-te tanto… Quero estar contigo…

Resulta ( quase) sempre…

Lembrem-se… Elas gostam dos maus…



PS: Não concordo com nada do que escrevi atrás, mas é o que está a dar… Temos pena….

Quando te apaixonas voas sem asas??? Será?

Ora boas…

Primeiro ( estou a ser repetitivo) estou, como dizer?, de mau humor?
Acho que sim.

Ouvi uma coisa um destes dias, era mais ou menos assim….

“ Quando te apaixonas voas sem asas” ( por acaso é uma musica)

Pois bem…. Querem a versão cínica ou a real da minha resposta?

Se escolheu a opção cínica ( lol)

Realmente, sentimos aquela leveza. Aquele calor na barriga, as borboletas na barriga, sonhamos com essa pessoa quando não estamos a pensar nela, ou com ela. Fazemos planos, pensamos na casa, no carro, no cão, nos filhos… Pensamos, basicamente, no amanhã.
Voamos sem asas, sem condicionamentos, somos livres, queremos o que temos, não pensamos no que pode correr mal, pensamos no que pode, e vai, correr bem…. Ai é tão bom é tão…
Amo-a tanto… Quero voar ao lado dela para sempre… Quero ter filhos com ela… ahhhh….


Se escolheu a opção real

Olha lá! Estás parva? Andaste a snifar cola às escondidas?
Não vês que se não tiveres asas cais… partes-te toda!

( A pessoa em questão diria) Mas… mas, eu amo-o tanto!

Pois… ( batendo na cabeça) Está aí alguém?? Hellooooo! Wake up!
Vais cair, pensa nisso, quando não se pensa caísse, isto não é um filme, não vão aparecer as borboletas no final… Percebes? Olha o que eu te digo… Deixa-te disso…

( a pessoa, depois de largo suspiro) Nestas coisas não se pensam… E… porque estás assim? Quem se magoa sou eu… Eu… eu… eu acho, quer dizer, eu quero-o!

Conclusão- Nem a pessoa está convencida… Não se ama sem asas, que são como os alicerces… Sem alicerces a casa cai e parte-se toda… Pensem nisso…


LR

quarta-feira, outubro 18, 2006

Vem sentar-te comigo Lídia

Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio.

Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e nao estamos de maos enlaçadas.
(Enlacemos as maos.)

Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e nao fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses.

Desenlacemos as maos, porque nao vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer nao gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassosegos grandes.

Sem amores, nem ódios, nem paixoes que levantam a voz,
Nem invejas que dao movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
E sempre iria ter ao mar.

Amemo-nos tranquilamente, pensando que podiamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.

Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento -
Este momento em que sossegadamente nao cremos em nada,
Pagaos inocentes da decadencia.

Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-as de mim depois
sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as maos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças.

E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim - à beira-rio,
Pagã triste e com flores no regaço.

Ricardo Reis \ Fernando Pessoa


( Ideia de Filipa... obrigado camarada)

quarta-feira, outubro 11, 2006

Bem…Bem…Bem…

Isto em termos de inspiração já esteve muito melhor. Tenho escrito mas nada que ache minimamente regular e interessante para por no blog.


Já me disseram para comentar a corrente onda de disparos dos militares da GNR contra civis, novos por acaso.
Acho que é isso mesmo que vou fazer, resumida e objectivamente…

Não posso escrever que me choca, que fico muito revoltado, estaria a mentir. Penso que é preciso louvar esses militares que, apesar de conhecerem as consequências de disparar contra um fugitivo, continuam a fazê-lo sem se importarem nesse momento com a carreira, com a própria vida, apenas pensam em cumprir o dever.
Acho que se decidem que é necessário disparar, depois de analisarem a situação, ( sim porque eles pensam, pensam muito), o devem fazer.

Para os jovens que ainda gostam de desafiar os policias, gostam de insultar… é uma boa altura para começarem a pensar duas vezes, porque pessoalmente não me importo minimamente que um delinquente, irresponsável e perigoso, seja ferido…

Aqui o “je” apoia os policias ( não são bófias)

sábado, outubro 07, 2006

Ora Boas

Em primeiro lugar, lol, tenho estado ausente devido a uns problemas, nada de grave, vou tentar por ordem aqui no blog.

Decorre nestes dias uma votação " Grandes Portugueses", para eleger o melhor e mais digno Portugês de todas as épocas.

Eu já votei... O endereço para registo é http://www.rtp.pt/wportal/sites/tv/grandesportugueses/votacao.php

Têm uma lista de sugestões... Por favor não votem no Mourinho, ele é muito bom treinador, mas tem tempo para ganhar muitos prémios... Sugiro Humberto Delgado, o General sem medo... Mas isso sou eu.

Escolham por vocês....

Ps: Não vale a pena votar em mim... sou Italiano ( brincando)

domingo, outubro 01, 2006

TOP 10

1) Venham cobardes! Querem viver para sempre??

2) Não os magoamos se não os atingirmos!

3) Mortos? Muitos… Feridos? Não sabemos… Quem está a ganhar? Nós!

4) A Arma mais mortal neste mundo é um COMANDO e a sua espingarda…

5) Só existem dois tipos de pessoas que conhecem a nossa eficiência… Os nossos camaradas e os nossos inimigos.

6) Estamos cercados?? Melhor, assim podemos disparar em todas as direcções.!!

7) Se queres paz prepara-te para a guerra!

8) A pessoa que esquece os seus defensores será esquecida…

9) As crianças brincam ao soldados… faz sentido. Mas porque é que os soldados se fazem passar por crianças?

10) O que desconheces não te pode magoar!

sexta-feira, setembro 29, 2006

DIVAGAÇÕES

"Liberdade sem juízo é pólvora em mão de menino"

DIVAGAÇÕES

"Podemos nao voltar... Mas vamos!"

Bomb.

BD

quarta-feira, setembro 27, 2006

DIVAGAÇÕES

" Se evitas um problema, soldado, tornas-te um problema para nós!"

Sarg.Art.AM. "Uzi"

DIVAGAÇÕES

"como um adolescente tropeço de ternura por ti"

Alexandre O'Neil

segunda-feira, setembro 25, 2006

O que há em mim é sobretudo cansaço

O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço...

Álvaro de Campos

DIVAGAÇÕES

" O povo completo será aquele que tiver reunido no seu máximo todas as qualidades e todos os defeitos. Coragem portugueses , só vos faltam as qualidades"

Almada Negreiros

Boas!

Viva a segunda feira e a água a estalar... Viva o sol e a chuva, o chapéu de sol e o da chuva! Viva o café e a coca-cola, vivo eu e viva tu! Boa semana!

quinta-feira, setembro 21, 2006

Nem a chuva faltou!!




Como na primeira noite, lá estava o “pinga-pinga” constante, aquele que nos coloca num estado de profundo relaxamento, que nos faz pensar no contraste entre o calor que sentimos naquele momento e o que iremos sentir se nos levantarmos de imediato, que, quase, nos obriga a permanecer debaixo dos lençóis, a esquecer mais um pouco o mundo exterior.
Pensar que naquele momento não queríamos estar em mais lado nenhum, não queríamos nada mais, ninguém mais. Sentimos aquele desejo de estar apenas parados, a pensar em nada e em tudo, a olhar para todo o lado e apenas ver quem o nosso olhar teima em fixar.
Lá fora tudo parece parar, a vida está cá dentro, todo o segundo é importante, tudo assume proporções extremas, mas tudo adoramos.
Olhamos o relógio, o tempo passa, afinal… Um ultimo suspiro, um toque e um sussurro… “É hora de acordar”…

Foi desta...


O paradoxo do novo objecto, com aquela forma arredondada, com o peso inferior a o de uma moeda, consegue despertar tantas emoções, tantas “responsabilidades”, tantas alegrias…. Parece pesar tanto e conscientemente pensamos “ Nada irá ser como antes”.

segunda-feira, setembro 18, 2006

Cansado e dorido

Hoje estou demasiado cansado para pensar... Doi-me o pé...
Fica para amanhã...

Música para a Isabel, amiga da minha protegida Filipa, está com defeito, mas a intensão era boa :D...

domingo, setembro 17, 2006

Inteligência vs Ignorância

Dizem os peritos que quanto menos inteligente é uma pessoa mais feliz consegue ser, ora porque não percebe que poderia ser mais bem sucedida, ganhar mais… ou porque simplesmente não perde o seu tempo a pensar em definir se é feliz ou não, simplesmente é o que é, não pensa no que nunca será.
Enquanto um médico, quanto denota algumas manchas na pela, pensa logo no pior, “É cancro! Estou a morrer!”, o individuo menos letrado pensa sempre que é uma reacção alérgica, que comeu alguma coisa estragada, que apanhou demasiado sol.
Um psicólogo, quando vê uma pessoa a chorar desesperadamente, pensa para si que esta está deprimida, que precisava de consultar um médico, ser medicada… O amigo da pessoa chorosa, ou a pessoa que por ela passa, pensa, “ Correu-lhe alguma coisa mal… Deve ter sido no trabalho, acabou com o amante…Devo dar-lhe um abraço?”
Em relação ao amor é exactamente a mesma coisa. Se perguntarmos a um jovem o que é o amor, o que é ser amado e amar, ele surge logo com milhentas histórias apaixonantes, histórias de relações principescas e de encantar, mostra o seu amor, diz o que pensa sem eufemismos ou meios-termos, para ele o amor é algo único, maravilhoso, inesquecível. Experimentem agora fazer a mesma pergunta a um adulto, ouvirão mais histórias, mas vistas do lado pessimista, não falará no beijo, falará na palavra azeda, o grito seco, na discussão acesa, não falará no que é favorável, mas sim no pior.
A minha pergunta é:
Será melhor ser ignorante ou instruído?

Grazie

sábado, setembro 16, 2006

DIVAGAÇÕES

"Nascemos com propensão para pecar, que é o que dá mais prazer"

Sigmund Freud

sexta-feira, setembro 15, 2006

Desculpa-me tenho sido um parvo...

Não posso adiar o amor

Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob as montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas

Não posso adiar este abraço
que é uma arma de dois gumes amor e ódio

Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação

Não posso adiar o coração.

António Ramos Rosa

Há palavras que nos beijam

Há palavras que nos beijam

Como se tivessem boca.

Palavras de amor, de esperança,

De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas

Quando a noite perde o rosto;

Palavras que se recusam

Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas

Entre palavras sem cor,

Esperadas inesperadas

Como a poesia ou o amor.



(O nome de quem se ama

Letra a letra revelado

No mármore distraído

No papel abandonado)



Palavras que nos transportam

Aonde a noite é mais forte,

Ao silêncio dos amantes

Abraçados contra a morte.



Alexandre O'Neill, No Reino da Dinamarca

Procuro-te

"Procuro a ternura súbita,
os olhos ou o sol por nascer
do tamanho do mundo,
o sangue que nenhuma espada viu,
o ar onde a respiração é doce,
um pássaro no bosque
com a forma de um grito de alegria.

Oh, a carícia da terra,
a juventude suspensa,
a fugidia voz da água entre o azul
do prado e de um corpo estendido.

Procuro-te: fruto ou nuvem ou música.
Chamo por ti, e o teu nome ilumina
as coisas mais simples:
o pão e a água,
a cama e a mesa,
os pequenos e dóceis animais,
onde também quero que chegue
o meu canto e a manhã de maio.

Um pássaro e um navio são a mesma coisa
quando te procuro de rosto cravado na luz.
Eu sei que há diferenças
mas não quando se ama,
não quando apertamos contra o peito
uma flor ávida de orvalho.

Ter só dedos e dentes é muito triste:
dedos para amortalhar crianças,
dentes para roer a solidão,
enquanto o verão pinta de azul o céu
e o mar é devassado pelas estrelas.

Porém eu procuro-te.
antes que a morte se aproxime, procuro-te.
Nas ruas, nos barcos, na cama,
com amor, com ódio, ao sol, à chuva,
de noite, de dia, triste, alegre – procuro-te."




Engénio de Andrade
de As Palavras Interditas, 1951

quinta-feira, setembro 14, 2006

Falem!

Por vezes devemos falar das coisas que supostamente não devemos, porque as coisas que não devem ser faladas acabam, quase sempre, por serem das mais faladas e as que devem ser mais faladas não são tão bem ouvidas…. Ou algo do género.
Sabem que está provado que falar emagrece? Não? Pois, acabei de inventar.
Por esta altura já estavam os homens e as mulheres a pensar, “pois, realmente é impossível, a minha mãe/pai, namorada/namorado, está sempre a falar e no entanto tem uma boa barriguinha”
Tudo isto, e é melhor parar por aqui, para vos pedir que falem… FALEM! Discutam, bocejem, sussurrem, gritem, mas digam alguma coisa… Este silêncio está a dar cabo de mim.

quarta-feira, setembro 13, 2006

Mas que se passa no planeta dos macacos inteligentes?

Não me parece, na minha inócua observação, que seja normal o tempo mudar em segundos… Ora está um calor de descongelar postas de pescada, ora está a chover…
Estamos na praia, na bela da onda, sol no horizonte, brisa marítima na cara, calor na nuca, uauuu, e de repente fica escuro, toda a gente a olhar para cima, “ Será que mudaram o cenário?”, mas não! Foi só o bendito do sol que decidiu fazer a pausa para o café…
Durante a semana estou com os meus camaradas a apanhar com o sol e com o calor nos treinos… sexta feira, calor abrasador… Sábado, dia de folga, dia de praia, levanto-me e, qual minha surpresa, que quando saio de casa de prancha debaixo do braço, está quase a chover! Depois pergunto-me, “ porque não confirmei?” pois, não confirmei porque no dia anterior estava calor, assim como no anterior e no anterior…
Depois os meteorologistas, irritam-me ( para não variar), eles têm curso ou armam-se em Maia? “ Esta noite o céu vai estar limpo… Vão para a night abanar os capacetes, sejam felizes!”… ainda não entendi porque razão em minha casa toda a gente acordou com trovoada, até o periquito!
Não sei que se passa mas, por favor, devolvam-me o Verão… Eu não ando propriamente com o fato de banho e com o gorro na mesma mala…

terça-feira, setembro 12, 2006

Ser “pão” ou não ser… Eis a questão!

Pão – Alimento feito com farinha amassada com água, fermento e outros aditivos, cozida no forno. ( in “Dicionário da Língua Portuguesa)

Pão ( versão adaptada) – Homem bom, espectacular, perfeito fisicamente, “ borracho”. ( in mente feminina)

Que se passa com as mulheres do nosso país? Virá aí uma revolução? O fim do mundo?
Agora não se ouve na rua a versão “ És tão boa… És tão boa…”, ouve-se sim o “ És tão bom… És tão bom” ( não, as ditas não esgotaram o stock de vodka do bar)…
Imaginem os piropos que vêm por aí ( vai doer) “ Quem me dera pôr-te manteiga… oh bom!”, “ Tens de me dizer onde é a tua pastelaria!”, “ Há quanto tempo estás a fermentar?”.
Alguém pode explicar aos, que como eu desconhecem, os requisitos para ser pão, ou não ser?
Qual será o feminino adequado para pão? Carcaça?
….. Que confusão que vai na minha cabeça…..

Garrett

"22 de Julho de 1997

Minha Querida Catherine,

Sinto a tua falta, meu amor, como sempre, mas hoje é particularmente difícil porque o oceano tem estado a cantar para mim, e a canção é a da nossa vida juntos. Quase consigo sentir-te a meu lado enquanto escrevo esta carta, e consigo cheirar o aroma de flores silvestres que me faz sempre lembrar de ti. Mas neste momento, essas coisas não me dão qualquer prazer. As tuas visitas têm sido menos frequentes, e por vezes sinto como se a maior parte do que sou estivesse lentamente a dissipar-se.

Estou a tentar, ainda assim. À noite quando estou sozinho, chamo por ti, e sempre que a minha dor parece ser a maior, encontras constantemente maneira de voltar para mim. Ontem à noite, nos meus sonhos, vi-te no pontão perto de Wrightsville Beach. O vento soprava através do teu cabelo e os teus olhos retinham a luz pálida do sol que se desvanecia. Fico espantado quando te vejo encostada ao parapeito. Tu és bela, penso, enquanto te vejo, uma visão que nunca consigo encontrar em mais ninguém. Começo a andar lentamente na tua direcção e quando, finalmente, te voltas para mim, reparo que outros têm estado a observar-te também. «Conhece-la?» perguntam-me em sussurros invejosos, e enquanto sorris para mim, respondo simplesmente com a verdade. «Melhor do que o meu próprio coração.»

Paro quando chego perto de ti e envolvo-te nos meus braços. Anseio por este momento mais do que qualquer outro. É a razão da minha vida, e quando tu retribuis o meu abraço, eu entrego-me a esse momento, em paz mais uma vez.

Levanto a mão e toco suavemente na tua face e tu inclinas a cabeça e fechas os olhos. As minhas mãos são ásperas e a tua pele é macia, e interrogo-me durante um momento se vais afastar-te, mas claro que não o fazes. Nunca o fizeste, e é em alturas como esta que eu sei qual é o meu objectivo na vida.

Estou aqui para te amar, para te segurar nos meus braços, para te proteger. Estou aqui para aprender contigo e para receber o teu amor em troca. Estou aqui porque não existe outro sítio onde possa estar.

Mas depois, como sempre, a neblina começa a formar-se enquanto permanecemos juntos um do outro. É um nevoeiro distante que nasce do horizonte, e descubro que começo a ficar com medo à medida que ele se aproxima. Ele insinua-se lentamente, envolvendo o mundo à nossa volta, cercando-nos como que para evitar que fujamos. Como uma nuvem rolante, cobre tudo, fechando, até mais nada restar senão nós os dois.

Sinto a minha garganta a começar a fechar e os meus olhos a encherem-se de lágrimas porque sei que são horas de partires. O olhar que me lanças naquele momento persegue-me. Sinto a tua tristeza e a minha própria solidão, e a dor no meu coração, que permanecera silenciosa só por um pequeno intervalo de tempo, torna-se mais forte quando tu me soltas. E então estendes os braços e dás uns passos para trás, desaparecendo no nevoeiro porque ele é o teu lugar e não o meu. Anseio por ir contigo, mas a tua única resposta é abanares a cabeça porque ambos sabemos que é impossível.

E eu assisto com o coração a partir-se enquanto desapareces lentamente. Dou comigo a esforçar-me por lembrar tudo acerca daquele momento, tudo acerca de ti. Mas depressa, sempre demasiado depressa, a tua imagem desaparece e o nevoeiro recua para o seu lugar longínquo e eu fico sozinho no pontão e não me importo com o que os outros pensam quando baixo a cabeça e choro e choro e choro.

Garrett"

segunda-feira, setembro 11, 2006

Desabafo

Quanto mais um pessoa se esforça para ser bom amigo, bom ouvinte, compreensivo e verdadeiro mais mal tratado é.
Ultimamente está na moda decorar umas deixas de pseudo românticas e dize-las quando as coisas correm mal, simplesmente porque é o mais fácil, o que as pessoas gostam mais de ouvir, um conjunto de “tretas”.
Eu aprendo com os meus erros, não sou parvo, mas também não sou de pedra como algumas pessoas pensam, haverá o dia em que eu me vou fartar… que eu vou fechar a porta apenas e que não voltarei atrás, por enquanto só me falta a coragem.
Com estas experiências aprendi que devemos fazer-nos de difíceis, demorar a responder, ignorar umas quantas mensagens, usas um “ Ah! Estavas aí? Não te tinha visto… Espera aí uns minutos que eu estou a acabar uma coisa.”, voltamos três horas depois e dizemos “ Desculpa! Não estás chateado pois não?”, depois colocas o teu melhor sorriso e exclamas “ Ai as horas! A conversa vai ter de ficar para amanhã… Eu ligo”, depois passam alguns dias e esperas que a mesma pessoa faça figura de “otário!” e te vá falar, talvez aí se arranje um minuto para perguntar “ Como estás?” sem realmente querer saber a resposta!
Por isso meus amigos, o jogo do “playing hard to get” está novamente na moda. Divirtam-se muito, eu simplesmente vou ficar á parte, esse jogo comigo não resulta e pseudo romântico nunca serei.

Obrigado e desculpem o desabafo

Falta de ideias

Novos posts virão... Hoje não tive tempo nem ideias...

Bom começo de semana...

domingo, setembro 10, 2006

Não esperes por um sinal para agires

Porque razão virou moda as pessoas esperarem por um sorriso para sorrirem, porque não podem tomar a iniciativa? Pessoas que diariamente se encontram no elevador, ou no metro, que vêem passar os anos sem nunca dizerem “ Boas! Trabalha para os meus lados ou anda-me a perseguir?”. Como me ensinou a minha avó “ Nunca se sabe onde se encontrará o melhor amigo ou o melhor amante...”.
Outra das modas corriqueiras é darmos conta de que precisamos de uma pessoa quando esta está longe, ou quando nos chateamos por alguma infantilidade, como uma palavra mais bruta ou uma resposta mais evasiva. Como aconselharam esta semana, nunca devemos sair de casa chateados, pois nunca saberemos o que nos espera na rua, nunca partas sem dar um beijo à pessoa que amas e respeitas, diz que a adoras, pede desculpa as vezes que precisares.
Nunca esperes ouvir um “amo-te” para dizeres um “ também te amo”, não esperes que te elogiem para saberes o que vales, não esperes que te peçam para te ofereceres, antes da queda deves ter preparada uma solução, nunca esperas por ela para te levantares, “ não guardes para amanhã o que podes fazer hoje”, amanhã pode ser demasiado tarde.
Se concordas com o que digo, se achas que tens errado, ou que pelo menos não tens sido muito correcto, volta atrás, pede perdão, telefona a explicitar o teu amor, vai ter com a pessoa que adores, pede desculpa ás pessoas que magoaste e nunca, nunca rejeites uma mão que suplica pelo teu perdão, pois essa pessoa pode vir um dia a segurar a tua quando mais precisares.

sábado, setembro 09, 2006

A Pequena Maravilha…

De algo não planeado, imprevisível e pouco acertado nasceu a mais perfeita criança…
Marcus, o imperador, tem vinte meses e neste momento está entretido com os meus cabelos…
Ser pai foi a experiência mais gratificante de toda a minha vida, quem já passou por ela conhece a sensação…
Aquele arrepio no abdómen quando nos colocam o pequeno embrulho nos braços, a alegria de ver que tem tudo no sitio, a necessidade de contar todos os dedinhos, ver se tem nariz e orelhinhas… No dia em que fui pai devo ter amadurecido uns dez anos, a responsabilidade de tratar daquele pedaço de nós, de lhe dar tudo, o que precisa e o que não precisa, de o educar, de o apoiar, de ser um pai, o melhor, não falhar.
Antes de conhecer essas sensações achava impossível sentir um amor imediato por um filho, uma criança com minutos de vida, ainda coberto pelos fluidos, que não fala nem sorri… tudo mudou quando lhe peguei, aí percebi que era capaz de morrer ali, não iria haver dia mais feliz, mas tinha de viver para o proteger, para o amar…

Parabéns!

Parabéns Sylwia! Que tenhas um resto de dia feliz

beijos

sexta-feira, setembro 08, 2006

“Ser Oficial é ter disponibilidade total para servir a Nação”


Nesta mesma época, mas 10 anos atrás estava eu ansioso por ingressar na Academia… Andava a fazer poses com a nova farda em frente do espelho, ainda hoje me admiro como não se partiu ou mo tiraram da frente.
Ainda me lembro da minha entrevista, acho que nunca tremi tanto na minha vida… O comandante olhou para mim como a dizer: “ Mais um “chavalo” para eu mandar”…. Eu só me lembro de pensar “ Sou forte! Vou conseguir! Aguenta…Aguenta!”.
Quando me senti na sala, inconscientemente, comecei a mirar todos os candidatos, achava uns muito pequenos, uns muito magros outros muito gordos, nenhum me parecia adequado… Olhávamos uns para os outros, sorriamos cúmplices quando víamos os futuros cadetes a sair da sala do comandante… branquinhos.
Agora quando nos juntamos nas formaturas, quando observamos os novos cadetes percebemos que para muitos a vida vai começar, vão encontrar ali uma nova família e os melhores anos da vida deles.
“O Aluno da Academia Militar procura regular-se em todas as circunstâncias pelas normas da virtude, sabendo que nunca poderá ser bom como soldado se não for perfeito como Homem”

“O Aluno da Academia Militar é sempre delicado na manifestação dos sentimentos, cavalheiresco e urbano no trato social, sem deixar nunca de ser firme nas suas convicções, austero e sóbrio na sua conduta.

«Pelo Sonho é que vamos
comovidos e mudos.
Chegamos? não chegamos?
Haja ou não haja frutos
Pelo o Sonho é que vamos.»
«Chegamos? não chegamos.
Partimos.Vamos.Somos.»

Sebastião da Gama (Séc.XX)

Parabéns!

Já passa da meia noite!
Quero desejar um dia muito feliz e cheio de coisas boas à bella Maria que faz hoje anos!
Um beijo grande a uma mulher talentosa!

quinta-feira, setembro 07, 2006

Eu quero viver!

Nem que fosse por uns dias gostava de puder esquecer tudo, por a mochila às costas e partir sem destino… sem nada planeado, sem trabalho, sem telemóveis…
Voar para um sitio em que só me conhecesse quem eu quero, onde ninguém me apontasse o dedo ou repetisse o meu nome, um dia em que me dessem a possibilidade de infringir as normas, de criar as minhas normas, de adaptar outras… Seriam os dias mais felizes da minha vida.
Quando tudo á minha volta dá a impressão de acelerar, quando o meu cérebro parece abrandar, naqueles malditos dias em que os relatórios se amontoam na secretária e lá fora tenho um grupo irrequieto para orientar, um superior stressado a pressionar, só me apetece fugir, deixar tudo em modo de pausa e caminhar para um sitio calmo… Um sitio em que o telemóvel não funcione, os carros não consigam aceder e onde não exista qualquer possibilidade de me contactarem… Só eu e os escolhidos, relaxados e felizes como os despreocupados.
Deixem-me Viver!

Mudaste o meu mundo…

Quantos dias passei eu ausente da minha casa, enfiado no ginásio, ou noutra casa que não a minha… Quantas vezes pensei no sentido que a minha vida teria sem ti, sem existir um “nós” na minha vida, sem existirem uns braços onde, literalmente, me escondo dos problemas do dia, dos problemas que eram meus e agora são nossos...
Tantas vezes desejei ouvir-te naqueles dias vazios… Partilhar as coisas que eram só de um e que agora são dos dois… Partilhar tudo, bom e mau…
Agora que te tenho, que és minha e eu sou teu, não me canso de te admirar, de dizer o quanto te amo, o quanto preciso de ti…
Como diz a música… “É tão inacreditável”... Parece que sempre estiveste comigo, que sempre me completaste, que sempre te amei.
Mudaste o meu mundo e espero que o continues a fazer parte dele…

Amo-te A.L…

terça-feira, setembro 05, 2006

DJ Valliant

Um agradecimento ao Valliant, um moço ás direitas e um OP do melhor...que faz horas extra como programador de blogs.
Alguma coisa que eu posso ajudar é só pedir! Grazie

Hipocrisia

Continuo a ser surpreendido pelas falsas frases, os falsos beijos, a dor fingida e o sorriso amarelo… Surpreende-me e sempre surpreenderá a hipocrisia, a mentira…
Porquê? Para que serve fingir? Para que serve dizer que se faz uma coisa quando no fundo sabemos que não somos assim!
Milhões de pessoas simulam algo todos os dias. A mulher que é enganada pelo marido e que simplesmente prefere simular um sorriso, sussurrar um “amo-te” a dar um grito… O namorado que não está apaixonado pela namorada, mas que delonga a situação, sofrendo e fazendo sofrer… Porquê?
Como eu afirmo e volto a afirmar, pode servir por agora, mas chegará o dia em que o sorriso acabará num choro descomunal, o beijo será frio, sem desejo, sem personalidade, será como um simples roçar de lábios, por força do hábito… aí perceberão que a hipocrisia é como colocar um penso rápido sobre um corte sem o tratar… a solução mais rápida que vai infectar ainda mais a ferida.
Quando me afasto da multidão e começo a observar…
Vejo ali ao longe um filho que abraça o pai, sorri ao caminhar para ele mas, quando o abraça e reparo no olhar dele… que olhar, parece dizer “ Odeio-te! Odeio-te por seres assim. Repudia-me o teu toque… Eu não te quero abraçar, eu quero gritar por aí o quanto te odeio… quero… quero!!”… Ele quer ser sincero mas continua incapaz de quebrar o abraço.
Mais á frente, uma empregada de escritório leva o café ao seu chefe, ao seu poderoso chefe… apenas pensa “ Havias de te queimar, porco! Filho do papá… Nada fizeste para estar aqui… És lixo! Lixo! Devia contar à tua mulher em que consistem as tuas horas extras!” . Mas, como é obvio, nada diz, apenas sorri e curva a cabeça respeitosamente.
Porque não podemos dizer amo-te, não te amo… Odeio-te… És tudo para mim, és a minha vida…? Porque temos de ir pelo silêncio? Haverá o dia em que tudo será descoberto… afinal podemos enganar com o sorriso, com o abraço, mas não com o olhar…

Obrigado por me lerem

segunda-feira, setembro 04, 2006

Feiticeira... Luís Represas

De que noite demorada
Ou de que breve manhã
Vieste tu, feiticeira
De nuvens deslumbrada

De que sonho feito mar
Ou de que mar não sonhado
Vieste tu, feiticeira
Aninhar-te ao meu lado

De que fogo renascido
Ou de que lume apagado
Vieste tu, feiticeira
Segredar-me ao ouvido

De que fontes de que águas
De que chão de que horizonte
De que neves de que fráguas
De que sedes de que montes
De que norte de que lida
De que deserto de morte
Vieste tu feiticeira
Inundar-me de vida.

A Resposta

Perguntaram-me hoje o porquê de assinar como Aquiles… Passo de seguida a explicar.

Aquiles era um principie do Norte cujo ponto fraco era o calcanhar. A mãe havia-o banhado nas águas do rio Estige, tornando-o invulnerável em todas as partes do corpo excepto o calcanhar.
No dia em que nasceu, o oráculo afirmou que Aquiles seria mais forte que o seu pai Peleu, um rei.
Aquiles é considerado um Deus na Ilídia, , o mais poderoso dos guerreiros gregos que lutaram em Tróia, não só pela sua capacidade superior de luta mas pela atitude. Mostrava uma completa e total devoção pela excelência da sua arte e como um deus, nenhum respeito pela vida. O seu desejo era que a sua morte fosse gloriosa e não como qualquer morte. A sua cólera era absoluta.
Para os Gregos, Aquiles simboliza o herói, escolhendo a glória no lugar da vida.
Foi morto pela flecha de Paris conduzida por Apolo em direcção ao seu ponto fraco o calcanhar.

Admiro Aquiles, temos algumas coisas em comum, primeiro a gloria depois a vida, devoção pela excelência, vontade de superar e de vencer… depois considero o meu calcanhar o meu ponto mais fraco.

Aquiles justifica a frase “ Os eleitos dos Deuses morrem jovens..”

Pronto J…

Iris

And I'd give up forever to touch you
'Cause I know that you feel me somehow
You're the closest to heaven that I'll ever be
And I don't want to go home right now

And all I can taste is this moment
And all I can breathe is your life
'Cause sooner or later it's over
I just don't want to miss you tonight

And I don't want the world to see me
'Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am

And you can't fight the tears that ain't coming
Or the moment of truth in your lies
When everything feels like the movies
Yeah you bleed just to know you're alive

And I don't want the world to see me
'Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am


.................................................

And I don't want the world to see me
'Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am

And I don't want the world to see me
'Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am

I just want you to know who I am
I just want you to know who I am
I just want you to know who I am...

A Cidade dos Anjos

Hoje à tarde vi um filme que a maioria das pessoas já deve ter visto… senão aconselho… A cidade dos Anjos, com Nicolas Cage e Meg Ryan.
Resumidamente Nicolas Cage interpreta o papel de Seth, um anjo e Meg Ryan o de uma médica.
As duas personagens acabam por se apaixonar e Seth é colocado numa situação difícil, escolher entre ser mortal e “viver” o amor da sua vida, ou continuar a caminhar sobre as nuvens como um anjo e provar a eternidade.
Obviamente que ele decide “saltar” e aproveitar até o mais curto dos toques, é um filme…

Inconscientemente, durante o filme comecei a pensar na minha própria vida, no meu trabalho, nas minhas relações interpessoais.
Diariamente temos de optar entre o que desejamos e o que devemos, o que somos e o que querem que sejamos… bla bla… Mete muita raiva ( mas como eu sou irritadiço..), muito nojo por vezes.
Falo por mim… Sou cobarde, nunca conseguirei “saltar”, abandonar o que tenho garantido e passar para a hipótese, não agora, talvez quando era eu e só eu, quando ninguém dependia de mim e eu de ninguém dependia… mas não agora.
Será verdade que mais vale uma semana feliz a uma vida equilibrada, em que podemos ou não ter dias em que ficamos sem fôlego, apaixonados, e os odiosos dias em que tudo parece que vai cair e destruir o nosso ser?
Seria eu capaz de abandonar uma casa, uma família e partir por esse mundo fora sem nada a não ser as roupas que envergo? Seria? Não seria… O que tenho agora foi o resultado de múltiplos “saltos” passados, pois se pensarmos bem, o que agora me parece uma grande aventura, cheia de riscos e paixões escondidas, quando concretizado e vivido não passará do quotidiano e voltaremos ao ponto inicial…
O topo do arranha céus… Salto?... Não salto?... Salto?.... Não Salto? ….



Será um paradoxo??

sábado, setembro 02, 2006

Equilibrar as coisas

Como já disse parte das coisas que me irritam vou dizer algumas minhas que são muitas vezes irritantes.
Como a maioria dos homens sou possessivo, sou ciumento, não que me oponha às saídas da minha namorada, nada disso, apenas não gosto que lhe tirem a roupa com os olhos.
Sou irritadiço, como já deve ter dado para reparar, até a coisinha mais pequenina pode provocar em mim uma impressão inimaginável. Sei dizer que sou, tenho vindo a treinar para deixar de ser, mas, infelizmente, sem sucesso.
Tenho muito mau acordar, ainda pior se for acordado por um toque de telemóvel irritante seguido da tão minha conhecida frase, “ Estavas a dormir?”, depois admiram-se da minha resposta ,“ Não! Eu tenho a mania de atender o telemóvel dentro do poço, tem um aproveitamento do som melhor!”.
Sou gozão… pronto, muito gozão. Gozo com a maioria das coisas, religiões, maneiras de falar, de andar…com o Scolari, com tudo mesmo, até comigo próprio.
Arrogante, quando quero ninguém me bate nesse campo… e no da ironia. Considero a arrogância uma arma, uma arma de defesa, afasta toda a gente que não vem com boas intenções.
Algumas pessoas consideram a teimosia como um defeito, eu não, mas pelo sim pelo não vou inseri-la aqui. Sou teimoso, muito teimoso, vou ao céu e ao inferno para saber o que quero e se não souber fico com um humor do piorio.

Mas os defeitos são para serem descobertos… Por isso, sintam-se livres de me testar.

sexta-feira, setembro 01, 2006

Ti voglio tanto bene Rossano ( Tradução)

Amo-te tanto

Diz-me que o teu amor não morre
Que como o sol resplandecente, não morre jamais
Diz-me que não estou enganado
O meu sonho de amor para sempre és tu
Querida, amo-te tanto
Não existe mais ninguém no mundo
Ninguém mais querida que tu
Amo-te, és tu o meu grande amor
A Vida do meu coração
És só tu…
Diz-me que o amor não morre
Que como o sol resplandecente, não morre jamais

Uma estrela brilha no meio do céu…
A minha estrela és tu
Pelo meu caminho me acompanhas…
E eu sigo o meu destino

Querida, amo-te muito
Não existe mais ninguém no mundo
Ninguém mais querida que tu
Amo-te! És tu o meu grande amor
A Vida do meu coração…

As coisas que me irritam

Hoje, muito graças a uma valente dor, tive tempo de sobra para pensar… Elaborei então uma lista das coisas que me irritam, pelo sim pelo não, evitem fazê-las perto de mim.

- Irritam-me as pessoas que não agradecem quando lhes seguramos a porta…. ( Amigos, não somos porteiros…)

- Irritam-me os machistas… ( A vida não se resume a um bruto assobio, a um piropo sexista… Abram os vossos horizontes e, por favor, mudem de conversa que já não vos aguento)

- Irrita-me profundamente o pseudo político… o pseudo médico, o pseudo policia…. Os pseudo que no fundo são uns frustrados que de nada percebem… ( Se sabem o que fazer… façam…)

- Irritam-me os anúncios da TV... ( Depois das 22horas não consigo ver Tv sem criticar minha própria vida)

- Irrita-me a frase “to be continue” nas séries de TV ( Eu estou embalado na série, estou ansioso pelo fim…. A parte melhor e pumba! “To be continue”…. Amigos, sabem lá se eu posso ver na semana seguinte!)

- Os arrumadores de carros! ( Quem nunca ouviu a célebre frase “ Se não, pintas o carro de novo!”, eu não quero dar moedas… Se quizer dar moedas dou a um miúdo para ir comprar um gelado, não para um homem, com bom corpo para acartar baldes de cimento, ir comprar a dose diária! )

- A falta de pontualidade… ( É às 23, não às 23:30 horas!)

- Os gritos… ( Calma! Não é a gritar que são melhor ouvidos… Falem pausadamente e sem gafanhotos.)

- Irritam-me as pessoas, principalmente os homens, que passeiam o copo do Whisky pela sala, pelo jardim, pelo quarto… ( É fútil! Exibicionismo puro… Bebes? Parabéns!)

- Irritam-me os telefonemas em alturas inoportunas… ( Helloooo! A minha vida não és só tu!)

- Irritam-me as “tias”… ( Ai ai ai ai as minhas unhas…. Corte-as minha senhora)

To be continue…. lol

quinta-feira, agosto 31, 2006

Tormento d'Amore

Martinio, tormento d'amore,
Il delirio fa parte del cuore,
Un pianto bagna la bocca
E tanta la voglia di trovarti.

Dove sei, la fantasia,La nostalgia,
la mia mania.

I miei occhi turbati
Dal sole, dal vento,
Il tuo viso sereno l'incanta,
Che mancanza mi fai.

Ti voglio aver sempre con me,
Oggi ho sentito davvero che,
Non posso piu viver cosiPer me tu sei sempre,
Il primo amore.

Dove sei io sempre qui
Innamorata ancora si.

Cantare per non morire,
Illudermi per non soffrire,
Parole, colore della vita
Sempre, sempre per te.

Dove sei io sempre qui
Innamorato ancora si.

Cantare per non morire,
Illudermi per non soffrire,
Parole, colore della vita
Sempre, sempre per te.

Felice é sognare con te,
Speranza é nata per questo che,
Il cielo é coperto di stelle
Ti guardo, ti voglio, ti amo.

Felice é sognare con te,
Speranza é nata per questo che,
Il cielo é coperto di stelle
Ti guardo, ti voglio, ti amo .


.::..Per te.::..

Não pares...

Não pares.
Não pares de tentar, não pares de acreditar.
Continua...
Procura inspiração e transpiração.
Procura o novo, reinventa o velho, não pares.
Não deixes a meio, não fiques pelo caminho. Chega em primeiro, chega em último, mas não fiques para trás. Parar é parar de viver.
Não pares de ouvir a música, não pares de a dançar.
Não desistas: de olhar, de sentir, de namorar, de te comprometeres e de te contradizeres, de errar e de remendar.
Não pares de te iludir e de te desiludir.
Não pares de correr, de ser criança e de crescer.
Não pares de ler, de decifrar as letras pequeninas, de ver nas entrelinhas, de entender o mundo onde vives.
Continua a andar, a assobiar e a tropeçar, a perseguir e a prosseguir.
Não pares de questionar, não pares de exclamar.
Não pares, vai mais longe. Mais longe do que julgavas ser capaz....

De que estás à espera???

Vai! Não pares...

Considerações

Acho uma impropriedade as pessoas conjugarem o verbo amar no passado: Eu amei... Eu amava... Já ouvis-te orações com menos sentido? As pessoas amam e pronto, no presente. E, se for amor verdadeiro, permanentemente. O amor no passado não foi amor, foi afecto, carinho, paixão, atracção. Mas amor? Não, amor não. Amar é algo mágico, intenso, inexplicável e sem razão, que não morre, não adoece, não fraqueja, não acaba e vence qualquer obstáculo. Amar faz-nos fortes, felizes e, muitas vezes, tristes. Mas quem é que pode passar por esta vida sem nunca ter amado? Sem nunca ter sofrido por amor? Quando perguntamos ou perguntam se já amamos, a resposta pode até ser negativa, mas sempre haverá alguém para se lembrar, alguém por quem o coração disparou, os olhos se encheram d'água, o peito doeu de saudade... Fisicamente ninguém morre de amor, a não ser que se mate, mas espiritualmente o amor mata. Morre quem deixa de acreditar no amor. Quem não ama, ou deixa o seu amor passar (porque ele é um só) , sem lutar por ele, sem insistir, não morre, porque nunca viveu. Já dizia Santo Agostinho: "...a vida é um conjunto de escolhas". Levantas-te de manhã e podes escolher ficar de bom ou mau humor. Escolhas covardes, cheias de orgulho, só geram arrependimento. Escolhas corajosas mantém-nos vivos, mesmo depois de um eventual fracasso. Para ouvir um sim, é preciso arriscar-se a ouvir um não. É difícil dizer EU AMO-TE, mas é fácil ouvir um EU TAMBÉM TE AMO. Escolhe ser feliz. Escolhe ser corajoso. Escolhe ser humilde. Escolhe AMAR. Eu sou hipócrita. Eu errei, tive minha chance e fiz as escolhas erradas, lamento, mas que posso fazer agora? O amor não morreu, continua vivo, mas, mas… A vida é repleta de mas, mas eu aquilo, mas tu aquilo… O amor não morreu nem morrerá, o sofrimento continuará. Como eu escolhi assim, assim ficará, até ficar sem forças para resistir ao meu amor. Digo agora, diminuindo a hipocrisia, sem cair no cinismo pois é verdade. Amo-te, sempre te amei, desde o momento eu que te comecei a conhecer, a saber como dormes, como corres, como olhas e como ris. Podes não ser perfeito, aliás, ninguém o é, mas eu amo a tua imperfeição. Amo a maneira como tu odeias ser chefiado, amo a maneira como arrumas mal as camisolas, amo a maneira como te zangas e bates a porta para logo voltares a entrar, amo a maneira como torces os panos ao contrário, amo a maneira como tu reconheces as imperfeições e as descreves de maneira tão perfeita, amo-te… Quem me dera não te amar de maneira tão latejante, de maneira tão errante, destrutiva.


por email...

Boas!

No dia dedicado ao blog decidi criar um meu! Será desta?